quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Parte Dois: Fuga

(Tempos Atuais)



  Eu estava suando, a vara era meia pesada e o clima estava muito quente. Desde ontem a tarde que não vejo um zumbi, pra onde será que eles foram e por quê? A maioria dos alimentos estavam fora da validade, mas tem aqueles que duram uns 2 ou 3 anos, talvez daqui 1 ano, terei que plantar para poder comer. Eu estava morto de fome, nenhuma casa nem nenhum ponto comercial estava aberto, tinha os prédios, mas era muito arriscado ir pra um deles, eles são chamados pelos grupos vivos de: Colmeias, os zumbis a cada mês que se passa ficam mais inteligentes, existem vários grupos ao redor da cidade, o grupo mais forte, os Alfas, conseguiram pegar todo equipamento da Globo Asa Branca e levaram para seu acampamento, lá é estiolo uma prisão, eles tem muitas armas, comidas, plantações, água tratada, torres e muros eu vi isso logo no começo quando eles estavam se organizando, eles ficam no ar sempre quando chega energia na cidade, se alguém vivo conseguir ligar pra eles, eles vêem e o leva pra lá, até hoje tenho o número deles, mas nunca consegui ligar. Tem também os grupos que ficam dentro da cidade, eles são os que não querem ajudar, somente arrumar confusão, não só com os zumbis com quem estiver vivo também. Nunca consegui chegar até a alguma saída da cidade, Recife é mais grande do que parece, eu estava surpreso por ainda não ter achado nenhum zumbi, isso é a primeira vez que acontece, pelo menos que eu vejo.
As gramas já começavam a crescer no calçamento, a cidade estava começando a virar uma floresta, haviam muitas pessoas vivas, as vezes de noite, vejo sinais luminosos no céu e luzes nos prédios, mas nunca fui atrás de ver o que era depois da ultima vez que eu tentei ir,  quem estava sem parceiro depois do primeiro dia, vai ser mais difícil de encontrar algum, a maioria das pessoas querem ir cada um por si, mas eu não, sempre que arranjo um parceiro ele é de algum grupo mal ou alguma pessoa que já perdeu o juízo, já arranjei parceiros legais que não eram de nenhum desses jeitos, mas pra mim sobreviver tive que matá-los.

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(Primeiro/Segundo Dia)



  Eu estava vigiando, a rua estava muito movimentada, carros passando em toda velocidade, zumbis andando pra lá e pra cá e pessoas gritando, fiquei com sono e fui dormir, evitei ligar o ar pois ia fazer barulho do lado de fora e poderia atrair os zumbis. Acordei de madrugada com o barulho de um motor de moto muito alto, fui ver pela janela com cautela e vi uma moto virando a esquina e batendo no muro da minha casa, o homem pulou da moto e tentou abrir a porta, que foi sem sorte, quando viu que os zumbis estavam vindo escalou pelas trepadeiras e pulou pro quintal da minha casa, rapidamente fui no banheiro peguei uma escova, uma pasta de dentes, um rolo de papel e botei na mochila, depois peguei um casaco preto por causa do frio, pude ouvir o portão da casa caindo, depois o vidro da porta da casa quebrando, peguei a mochila, meu celular, o carregador e pulei pela janela do quarto, fiquei no corredor entre o muro da casa vizinha e a casa, vi discretamente os zumbis invadindo minha casa e logo lembrei da faca, pulei de volta a janela e peguei a faca em cima da escrivaninha e pulei de volta, logo ouvi um grito vindo de dentro da casa, e veio na cabeça que o desgraçado foi pego. Esperei os zumbis entrarem na casa e depois sai pelo portão derrubado.

Ainda estava um caos na rua, virei a esquina e estava cheia de zumbis, pra minha sorte não me viram, voltei pela rua e entrei num beco e logo fui atacado por um zumbi, ele pulou em cima de mim e começou a tentar me morder, segurei seu pescoço com uma mão e com a outra peguei a faca na minha cintura e desferi um golpe em sua cabeça, me levantei e continuei a andar pelo beco, era beco dando em beco, parecia mais um labirinto, vi uma moto passando por um dos corredores e uns 10 zumbis correndo atrás dele, tentei disfarçar botando o capuz pois não dava tempo de me esconder, sem sucesso, os zumbis me viram e começaram a correr atrás de mim. Corri por uns 5 minutos quando vi um barril de lixo e uma escada que dava em uma especie de varanda de ferro, a escada não chegava no chão então pulei no barril e depois pulei na escada, e consegui subir, os zumbis não alcançavam a varanda pra minha felicidade.

Logo vi que não era uma janela era uma porta, abri e entrei, estava escuro, peguei minha lanterna e comecei a vasculhar o apartamento, vi que a porta da frente estava com madeiras a bloqueando, quando estava indo para a cozinha ouvi o barulho de uma espingarda sendo carregada e senti seu cano em minha nuca.

- Mais um passo e eu estouro seus miolos. - Disse a voz de um homem.
- Me desculpa eu...
- Não fale nada! Somente me siga.

Ele começou a andar e entrou em um quarto que tinha um abajur fraquinho ligado, tinha uma menina e uma mulher sentadas na cama.

- O que quer aqui? - Disse o homem.
- Desculpa eu estava fugindo e não tinha pra onde ir, então vi a escada e subi.
- Não imaginou que pudesse ter ninguém aqui?
- Não me veio isso a cabeça, eu estava em desespero.
- Vá embora!
- Olha, eu só quero dormir aqui hoje, eu tenho minha comida, amanhã cedo vou embora prometo.
- Amor, deixa ele, é só uma criança. - Disse a mulher.
- Ele não parece uma criança. - Disse o homem. - Quantos anos tem garoto?
- 17 senhor.
- Falei, é quase um adulto hehe.
- Então, posso ficar?
- Pode, contanto que não faça barulho.
- Pode deixar, não farei.
- Lúcia, mostre o quarto em que ele ficará. - Disse o homem.
- Siga-me.

Ela me levou até o quarto que ficava na sala.

- Feixe a cortina, ligue o abajur no fraquinho e não faça barulho. - Disse ela.
- Pode deixar, obrigado.
- De nada.

Tirei minha mochila e pus na cama, tirei meu tênis e meu casaco, me deitei e logo dormi. Acordei com o barulho de uma explosão, me levantei e fui pra sala onde todos estavam.

- O que foi isso? - Perguntei.
- Não sei, vamos ver.

Começamos a andar e fomos até a varanda de ferro, logo subimos por outra escada e fomos parar no terraço, vimos há 2 ruas de onde estávamos, um prédio com um buraco enorme na parede e pegando fogo, fomos olhar as ruas e os zumbis estavam indo para a direção da explosão. Descemos e fomos até a sala.

- Essa é sua chance, saia enquanto eles estão distraídos.

Fui até o quarto e peguei minhas coisas.

- Adeus e obrigado por me deixar ficar.
- Só não deixo mais pra não me apegar de mais, quero proteger minha família.
- Entendo, adeus.

Fui até a varanda e desci pela escada, sai dos becos e sai andando pelas ruas, lá estava eu de novo sozinho.
Eu precisava de algum automóvel, de preferencia uma moto, com carro seria mais difícil com as ruas nesse estado, fiquei andando por horas e já estava na hora do almoço, eu estava há 20 minutos do Parque Euclides, um parque do estilo que era todo fechado e cheio de árvores, decidi ir até lá, ele só abria nos finais de semana então não devia ter ninguém lá dentro. Cheguei e escalei o portão que tinha uns 3,5 metros de comprimento, os muros não dava pois eram lisos. Entrei e fiquei procurando um lugar para ficar.


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Obrigado a todos que acessam ;D

3 comentários:

  1. a história ainda está no começo, mas parece bem interessante...

    Se me permite, um pequeno lembrete "mim" não conjuga verbo. Use "eu" ou em certos casos nem isso é necessário. Como nessa parte vc fala "mas pra mim sobreviver tive que matá-los", bastava colocar "mas pra sobreviver tive que matá-los".

    Espero pela próxima parte

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  2. Tem razão, obrigado pela dica, é que eu não sou muito bom em português ê.e
    Mas da pra entender *-*

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  3. Helder, gostei da historia, tem um bom roteiro. Vou divulga-la no meu próximo poste.

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