terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Parte Quatro: Fugindo

  (Tempos Atuais)



Acordo e fico sentado no sofá onde dormi, fui procurar o Claudio mas não encontrei, fui ver no terraço e ele estava vigiando.

- Ei! - Gritei

Ele veio em direção a mim.

- Não grita! Tem muitos zumbis perto! Eles saíram dos becos, não sei por quê, os becos pra eles sempre foram uma espécie de toca, para se proteger dos atiradores, pelo menos é o que eu acho, há 2 quarteirões daqui tem 1 atirador com um rifle, há mais 2 pelo outro lado também tem outro, provavelmente com algum grupo, imagino que não sejam familiares.
- Como sabe disso?
- Binóculos.
- Hum... Bom, vou tomar café se precisar de alguma coisa é só chamar.
- Ta bom.

Fui até a cozinha e tomei café, estava lembrando das coisas que eu vi ao longo desse tempo todo, os grupos, as colmeias e os cacheiros viajantes, eles eram uma espécie de caras que trocavam arma por comida ou comida por arma, eles vivem viajando levando informações para as pessoas vivas, a maioria dos vivos botam avisos nas casas exemplo: Trocamos Armas Por Comida ai pra eles ficam mais fácil, eles tem um próprio prédio com muitos cacheiros, são bem organizados pelo que um parceiro meu me disse, esse apocalipse já estava parecendo até o filme Senhor dos anéis.
Acabei de tomar café e fui pra cobertura, fiquei vigiando com o Claudio.

- Cuidado, muitas vezes eles olham pra cima. - Disse Claudio.
- Pode deixar. - Respondi.

Ficamos vigiando quando ouvimos do outro lado da rua um barulho de chiado, chiado de televisão fora do ar, estava muito alto, os zumbis começaram a entrar no prédio da frente.

- Acho que chegou energia, vamos ver na TV. - Disse Claudio.

Fomos até a sala e ligamos a TV, botamos na Globo Asa Branca.

- Vai de ré vai de ré!

Podemos ver caminhões, dando a ré com suprimentos em cima, e portões altos sendo abertos.

- A energia chegou e vamos ao ar. Os caminhões chegaram a cerca de meia hora aqui cheio de suprimentos, uma grande equipe foi até o centro de energia da cidade tentar normalizar pra ajudar os vivos e pelo jeito já está dando efeito, o grupo Alfa estará com pessoas nas torres vendo quem consegue chegar até aqui pra ajudarmos, ônibus foram enviados até a cidade pra resgatar vivos, aconselho que vão até a praça principal os ônibus vão está ao redor de lá até as 19:00, vamos ficar passando filmes e desenhos animados até mais informações.

- Eu vou! - Eu disse.
- É melhor não cara, é nessas horas que os grupos não amigos se manifestam.
- Eu tenho que tentar.
- A Praça fica há 3 horas daqui! Sem falar nos atrasos, os zumbis.
- Não quero saber, não vou perder essa chance, se importa se eu pegar alguns suprimentos lá no mercado?
- Eu vou também.

Ele foi até o quarto e pegou 2 mochilas maiores que a minha e me jogou uma.

- Vamos pegar suprimentos lá no mercado e vamos dar o fora daqui.

Fomos até o mercado que estava com as luzes acesas, começamos a procurar coisas na validade, pegamos enlatados e água, biscoitos e massas. Quando terminamos de encher fomos até a casa, peguei minhas coisas pessoais na minha mochila e botei na outra.

- Essa sua vara cara, é muito pesada, toma pega essa faca.

Ele me jogou uma faca e deixei a vara lá.
Fomos até a porta de entrada, abrimos e a rua estava pouco movimentada, acho que foi pelo fato do chiado. Começamos a andar com cautela entre os carros e saímos da avenida, fomos andando e conversando.

- Então, como era a vida antes de tudo isso? - Perguntei.
- Eu era dono daquela loja e tinha uma vida boazinha, e você?
- Estudava, ia terminar o ultimo ano, tinha uma vida boa, família rica mas não muito atenciosos, mas eu não ligava muito pra família mesmo.

Ficamos em silêncio por uns 5 minutos.

- Espera! - Falou ele sussurrando - Vem pra traz desse carro.

Ele me puxou pra traz do carro e ficamo observando pela janela.

- Eles são os Flyers, nada amigáveis.

Pude ver caras com mais ou menos minha idade fortemente armados com o nome Flyers nas camisetas virando a esquina e indo na direção que estávamos indo.

- Temos que mudar a rota. - Falou ele sussurrando. - Vem.

Fui seguindo ele até um beco.

- Mas os becos... - Falei
- Não temos outra escolha.

Enquanto andávamos com cautela por trás dos carros pisei na lataria de um carro capotado que fez barulho, vi eles virando pro nosso lado e vindo em nossa direção.

- Corre pra o beco!

Começamos a correr enquanto ouvíamos tiros, chegamos no beco e continuamos correndo, viramos a esquerda, depois a direita e saiamos em outra rua, entramos em outro beco, lá tinham zumbis, com minha faca comecei a punhalar os que vinham pela frente quando fui derrubado por um, fiquei lutando pra sobreviver quando ouvi um tiro e ele parou de se mexer, olhei pra frente e Claudio havia sumido, olhei pra trás e os Flyers estavam vindo em minha direção, senti uma pancada na cabeça e apaguei.

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(Segundo Dia)



  São 19:00, estou na Torre vendo o movimento nas ruas, mais de 40 minutos vigiando vi um grupo de adolescentes da minha idade pulando o portão e uns 30 zumbis atrás deles, fiquei com medo dos zumbis derrubarem o portão, desliguei as luzes e fiquei quieto, vendo pelas câmeras do parque eles estavam indo em direção ao outro portão do parque, o outro estava quase caindo, peguei minha bolsa e a enchi o máximo que eu pude, peguei a vara e fui em direção ao grupo, alguns minutos se passaram e se ouve um grande eco do portão caindo, nessa hora comecei a correr até o outro, cheguei lá os jovens estavam o pulando.

- Ei! Esperem por mim! - Gritei.
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 Obrigado a quem ler, comentem sobre a história please ;D

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